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41° 9' 40" N 8° 36' 16.14"

colagens, mapas e desenhos

Praça Marquês do Pombal - Porto

2021

Trabalho de caracterização e documentação de um lugar numa perspectiva de projeto. Entender as relações preceptivas, espaciais e performativas na experiência e levantamento do lugar.

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A vontade de estar e pertencer me fez escolher a Praça Marquês de Pombal para este exercício. Ela é facilmente apreciável: grandes árvores, uma palmeira única fontes de água, perspectivas que nos permitem ver todos os lados da praça, um coreto que me fez pensar em várias cidades no interior do Brasil, casinhas em construções históricas com diferentes texturas e cores, uma vida cotidiana portuguesa, uma biblioteca, um lugar que ainda que popular não é tão turístico, um lugar de chegadas e saídas com atividades efêmeras como feiras de antiguidade à testes de covid, usos misturados, o som da água, do sino, os animais como grandes usuários do espaço, uma diversidade de público, enfim, um clássico.
 

Um clássico espaço público que no Brasil eu penso ser um espaço idealizado que num primeiro momento parece que deu ‘‘certo’’ que ‘‘funciona’’, que ‘‘não tem problema’’, um lugar bonito e de repouso, a ideia romântica do não conflito. Ao mesmo tempo, sei que isso é uma ilusão, assim como sei que isso não é ideal. Mas quando se vem de fora, de outro país no meio de tantas situações novas, a busca pelo conforto é a melhor atração. Em um primeiro momento me senti acolhida aqui, me senti pertencente, a possibilidade de um lugar que eu pudesse encaixar no Porto, o lugar onde imaginei uma rotina, um lugar que se inicia como uma possibilidade, um desejo de estar.

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O trabalho começa com um ponto de uma coordenada, números que foram decodificados através de uma experiência espacial. A proposta é dar a esse ponto, espessura, volumetria, diversas camadas que não têm ordem e que podem ser narradas de diversas maneiras. A ideia da caixa é também associar a forma retangular que a praça tem, e que influencia muito na experiência do lugar, mas ao mesmo tempo trazer profundidade através de camadas o que é esse lugar. Essas camadas podem ser infinitas, fica a sugestão de um processo constante que pode ganhar mais camadas com o tempo e por outros olhares. A proposta é uma experiência ‘‘talmude’’ do lugar, uma reflexão que pode caber muitas vozes e outros tempos.
 

Constatar no lugar vários processos através do mergulho físico, espaciais, cotidianos e filosóficos do lugar, me trouxe uma outra perspectiva do espaço, que não é mais de julgamento, mas de uma percepção. Percepção esta que permite ganhar novos significados, outras perspectivas e encontro com conceitos e valores.

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